Patrocínio X Impostos X Dízimos


E Jesus, respondendo, disse-lhes: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. E maravilharam-se dele. Marcos 12:17


Como diz a máxima "a propaganda é a alma do negócio". Isso é tão verdade que segundo dados do Projeto Inter-Meios, juntos, os veículos de comunicação faturaram R$ 21,1 bilhões com publicidade até outubro de 2010. Televisão detém 62,64% do mercado, jornais, 12% e revistas, 8%. Dentre os três maiores, apenas a televisão cresce acima da média do mercado (25,72%, alcançando um faturamento de R$ 13,36 bilhões).

Mas quem paga essa conta? Eu... e você. Ou seja, no preço de qualquer produto está embutido uma quantia para divulgação daquela marca. E, como visto anteriormente, boa parte vai para televisão. Ou seja, por mais que você odeie televisão, mesmo que você abomine novela, mesmo que você nunca tenha passado duas horas vendo uma carro atrás do outro em uma corrida de fórmula 1, mesmo que você nunca entenda porque vinte e dois homens correm durante uma hora e meia atrás de uma bola, onde seria mais prático dar uma bola a cada um, mesmo assim, quando você compra a maioria dos produtos, é você quem financia esses programas de televisão.

E surge a pergunta: eu posso escolher não financiar isto? A resposta é um redundante NÃO. Da mesma forma como você não pode escolher não pagar impostos.

Essa situação me faz refletir sobre os ataques constantes sobre nossa obediência aos ensinamentos bíblicos sobre o pagamento do dízimo, e as contribuições através de ofertas voluntárias. Vivemos numa democracia, portanto, o poder emana do povo. Se vivêssemos numa teocracia, em vez de pagarmos impostos, pagaríamos apenas o dízimo.

Da mesma forma que sou obrigado a pagar imposto e a financiar novelas, tenho a obrigação de pagar meus dízimos. A grande diferença, é com quem vou prestar contas caso não pague. No caso dos impostos, para o "leão", isto é, a Receita Federal. O caso dos produtos, não tenho escolha. O único a quem posso me recusar em pagar minha obrigação, é a Deus.

Mesmo não concordando com a corrupção, com a vida de ostentação que levam os parlamentares, juízes e governantes, eu os financio. Talvez alguns juízes tenham mais horas de estudos e títulos que eu, e apesar de ostentarem o título de doutor, doutor serei eu ao final de minha jornada aqui em Santa Catarina. Mesmo assim meu salário não chegará perto da maioria deles.

Eu, voluntariamente, dizimo de meu salário mensalmente, oferto conforme minhas possibilidades e conforme se propõe o meu coração. Admito, envergonhado, que fui infiel várias vezes. Mesmo assim, Deus continuou fiel.

Provavelmente a sociologia, a psicologia ou a filosofia encontrariam uma explicação para a mudança radical de milhares de pessoas que tiveram suas vidas transformadas em templos cristãos. Mas não foram elas que estiveram cuidando dessas necessidades humanas, nem seus profissionais. Não foram estas teorias que cuidaram dos drogados que conseguiram abandonar os seus vícios, ou dos ex-detentos que foram aceitos numa comunidade, apesar de suas histórias de vidas desafortunadas, ou de milhares de lares restaurados. As teorias explicam, mas não agem.

Lutar contra a Igreja, é lutar contra uma das instituições mais importante em todos os tempos e, da sociedade atual, que vive uma importante crise moral.

Que cada um escolha o local onde não se sinta usurpado, onde entenda que há seriedade e seus líderes. Há, com certeza, charlatões, mas a própria bíblia disse que eles existiriam.

O que é inadmissível, é o erro da generalização. Este, não deve ser cometido em nenhuma área de nossas vidas. Querer generalizar a Igreja através de líderes midiáticos que ostentam através dos recursos doados, seria um reducionismo estúpido. A maioria absoluta dos pastores vive de forma módica e limitada, dos dízimos e ofertas dos fieis. 

E assim será sempre... dando a Governo, os seus impostos, aos industriários a mais-valia e os impostos midiáticos, e a Deus, os impostos voluntários.


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